abr 25, 2016 Camila Denes Notícias, Últimas Notícias
Projeto realizado em todas as unidades do Centro Interescolar de Línguas (CIL) proporciona maior contato com língua estrangeira
Aprender um novo idioma pode se tornar um desafio mais agradável quando se imerge na cultura do país onde a língua é nativa ou mesmo quando se pratica conversação fora da sala de aula. Pensando nisso, a coordenação responsável pelo Centro Interescolar de Línguas (CIL) do Distrito Federal desenvolveu o Curso de Formação Complementar (CFC). Nele, estudantes e egressos das unidades realizam atividades culturais e de imersão para a prática do idioma durante o período contraturno. Acompanhado por professores, o grupo fica responsável por explorar de forma lúdica ferramentas que aumentem o rendimento dentro da sala de aula.
Laryssa Miranda é aluna do Específico 5 de Espanhol do CIL 1, na Asa Sul. Além das aulas na turma regular, semanalmente ela se reúne ao grupo de 15 outros estudantes que fazem o CFC de fonética na língua espanhola e reconhece que o complemento ajudou significativamente em sua pronúncia. “Sempre, ao final da aula, saio com aquela sensação de que tenho maior domínio do espanhol”, relata ela. Já a colega de turma Fernanda Garcia aponta o dinamismo da aula como o grande diferencial. “Aqui conversamos bastante e ainda rende tema para pesquisa”, completa.
Ex-aluna do CIL 1, e hoje formada, Rosemary de Almeida voltou à antiga escola para não deixar de práticar o idioma. “Quando você viaja para fora, pratica a língua, mas isso acontece uma vez ou outra. Aqui consigo manter contato constante”, diz. À frente de sua turma, o professor Geraldo Barros acredita que a maior vantagem dos alunos é ter a liberdade para soltarem a língua. “Eles se sentem mais à vontade para errar. Em sala de aula, existe uma apreensão maior”, explica o docente.
A diretora da unidade, Renata Corcino, acredita que o CFC é uma oportunidade ímpar para o aluno aprimorar o conhecimento que ele adquire no curso regular. “Temos atividades voltadas para o desenvolvimento dos quatro pilares da língua – escrita, leitura, audição e conversação – e isso é muito produtivo”, conclui.
Foco no idioma
A idea de colocar o CFC em prática surgiu em 2013 a partir do alinhamento de estratégias para reduzir a evasão de alunos do CIL. No ano seguinte, em 2014, saiu do papel como projeto-piloto nas unidades de Brazlândia, Ceilândia, Sobradinho e Guará. A complementação pode ser encontrada atualmente em todas as 14 unidades da rede, seja para conversação, preparatório para curso de proficiência, literatura, artes, culinária ou produção audiovisual, por exemplo.
“As atividades complementares no CIL objetivam aprofundamento dos conhecimentos linguistico-culturais de discentes e docentes, numa perspectiva de formação integral do estudante”, explica a diretora de Programas Institucionais, Educação Física e Desporto Escolar, Joana de Almeida. Somente no CIL 1, são cerca de 500 estudantes inscritos nas atividades extraclasse.
Os Cursos de Formação Complementar atendem a política de Educação Integral da Secretaria de Educação do Distrito Federal. As inscrições para o projeto de complementação são realizadas ao longo do semestre.
Foto: Tiago Oliveira, Ascom/SEDF